A definição e classificação do autismo são fundamentais para diagnóstico e tratamento adequados, usando duas principais referências: a CID (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde) e o DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 5ª edição).

CID-11 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde)

A CID-11 é a versão mais recente da classificação internacional de doenças da Organização Mundial da Saúde (OMS), que fornece códigos para diagnósticos médicos e epidemiológicos. No CID-11, o autismo é classificado sob o código 6A02.

• Definição: Descreve o transtorno do espectro do autismo (TEA) como um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por déficits persistentes na comunicação social e interação social, e padrões restritivos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades.

DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 5ª edição)

O DSM-5 é publicado pela Associação Americana de Psiquiatria e é amplamente utilizado para diagnósticos psiquiátricos nos Estados Unidos e em outros países. No DSM-5, o autismo é diagnosticado como Transtorno do Espectro Autista (TEA).

• Definição: Caracteriza o TEA por déficits persistentes na comunicação social e na interação social em múltiplos contextos, acompanhados por padrões restritivos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades.

Classificação do Autismo no DSM-5

O DSM-5 classifica o Transtorno do Espectro Autista (TEA) em três níveis de gravidade, baseados na necessidade de suporte:

1. Nível 1 (Requer Suporte): Dificuldades sociais perceptíveis, mas sutis; dificuldades em mudanças; e prejuízos na comunicação não verbal.
2. Nível 2 (Requer Substancial Suporte): Marcados déficits em comunicação social; comportamentos repetitivos; e comprometimento evidente da flexibilidade comportamental.
3. Nível 3 (Requer Suporte Muito Substancial): Comunicação e interação social severamente comprometidas; padrões restritivos e repetitivos de comportamento; e dificuldades significativas em adaptar-se a mudanças.

Abordagem Diagnóstica

• Critérios de Diagnóstico: Incluem avaliação detalhada da comunicação social, interação social, interesses e comportamentos repetitivos.
• Avaliação Multidisciplinar: Normalmente envolve psicólogos, psiquiatras, terapeutas ocupacionais e outros profissionais de saúde para uma avaliação abrangente.

Considerações Finais

A definição e classificação do autismo evoluíram ao longo do tempo para refletir uma compreensão mais ampla e inclusiva do espectro autista. Ambas as classificações, CID-11 e DSM-5, são importantes ferramentas para profissionais de saúde no diagnóstico preciso e no planejamento de intervenções para indivíduos com autismo.

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